Aras reitera papel da PGR em defender democracia
O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou neste domingo (19) uma nota pública em que reitera o compromisso do Ministério Público brasileiro de velar “pela ordem jurídica que sustenta o regime democrático, nos termos da Constituição Federal”.
A Procuradoria Geral da República divulgou o conteúdo de um discurso proferido por Aras na sexta-feira (17) "a propósito dos eventos noticiados neste domingo".
Mais cedo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, participou de um ato em Brasília a favor da intervenção militar, o que não tem previsão constitucional.
A presença dele na manifestação, em que apoiadores pediam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou forte repercussão negativa entre políticos, ministros da Suprema Corte e entidades.
Na nota, Aras diz que, em discurso feito na sexta na solenidade virtual de posse da nova direção do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), teve a oportunidade de “renovar o compromisso do Ministério Público brasileiro de velar, em todas as unidades da Federação e por meio de todos os seus ramos, pela ordem jurídica que sustenta o regime democrático, nos termos da Constituição Federal".
Ele ressaltou ainda que, desde que assumiu a Procuradoria Geral da República e a presidência do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), encontrou apoio das entidades de classe e de colegas “que compartilham valores que refletem o fortalecimento de uma carreira de Estado que não pode se dobrar a nenhum governo, mas, deve, sim, fortalecer o Estado brasileiro no universo dos poderes que recebeu do constituinte de 1988”.
Aras destacou também a importância da democracia participativa e pediu atenção “para as polarizações, os extremos, internos e externos,” que a enfraquecem.
Ainda em seu discurso, Aras afirmou que o Ministério Público tem dado a sua contribuição ao enfrentamento do coronavírus no país e acrescentou que é preciso estar atento “para que uma calamidade pública não evolua para modelo de estado de defesa ou de sítio”.
Segundo ele, “a história revela que nesses momentos podem surgir oportunistas em busca de locupletamento a partir da miséria e da perda da paz que podem resultar em graves comoções sociais”.
Ele concluiu o seu discurso dizendo que, por essa razão, o Ministério Público brasileiro “há de estar atento em defesa da nossa democracia para que se preservem as instituições do Estado brasileiro, pela força normativa da Constituição”.
Por G1
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