Membros da Organizada do Sport que estavam presos pelos ataques ao ônibus do Fortaleza são soltos no Recife; confira
Segundo delegado do CORE, os sete criminosos precisarão cumprir medidas cautelares, como não frequentar os jogos do clube ou frequentar a sede da torcida
Os sete membros da Torcida Jovem, do Sport, que haviam sido presos por envolvimento no ataque ao ônibus do Fortaleza, no final de fevereiro, já estão soltos. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Pernambuco nesta terça-feira (21), através de nota divulgada a imprensa.
Os suspeitos, entre eles o presidente e vice da organizada, ficaram inicialmente detidos por 30 dias, mas tiveram a prisão temporária revogada. A investigação foi concluída e o inquérito encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com pedido de prisão preventiva para todos os suspeitos. Com isso, eles responderão ao processo em liberdade.
Dois homens ainda permanecem foragidos e o órgão denunciou os indivíduos à Justiça, solicitando a reclusão temporária por tentativa de homicídio, associação criminosa e provocação de tumulto.
Segundo a polícia, o ataque foi feito por três grupos organizados da Torcida Jovem, de três locais diferentes: Camaragibe, Casa Amarela e Torrões. Ainda de acordo com a Polícia Civil, no atentado, foram arremessadas uma bomba de fabricação caseira e várias pedras.
"A polícia enxerga tudo isso de maneira muito positiva, porque foram as medidas cautelares decididas pelo juiz. Afastamento dos jogos, tanto em Pernambuco quanto fora. Proibição dos indiciados de frequentarem a sede da torcida organizada. Essas medidas cautelares são extremamente importantes para que a gente possa realmente fazer uma repressão e inibir essas atividades criminosas que essas pessoas infelizmente causam nos jogos aqui em Pernambuco", comentou o Delegado Antônio Barros, do Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE).
A investigação da "Operação Hooligans" concluiu que o ataque da torcida rubro-negra tinha como alvo a Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), que é rival da Jovem e aliada da Explosão Coral, do Santa Cruz. No entanto, houve um erro no alvo do veículo a ser atingido pelo atentado.O CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, preferiu não comentar o assunto nesta terça-feira, informando que o foco do clube está no jogo contra o Vasco, pela Copa do Brasil. O Sport, por meio de sua assessoria de imprensa, também se manifestou, afirmando que só se pronunciará na quinta-feira, devido ao jogo contra o Atlético-MG, pela mesma competição.
RELEMBRE O CASO
A emboscada aconteceu na BR-232, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife. O ôbibus do Fortaleza tinha deixado a Arena de Pernambuco, após empate por 1 a 1 contra o Sport, pela 1ª fase da Copa do Nordeste. O veículo da equipe cearense foi atingido por pedras e bombas, no momento em que o coletivo passava pela rodovia, indo em direção a um hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Seis jogadores ficaram feridos.
LEIA A NOTA A POLÍCIA CIVIL NA ÍNTEGRA:
A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, informa que a investigação solicitou, dentro da Operação de Repressão Qualificada Hooligans, a prisão temporária por 30 dias que foi prorrogada por mais 30 dias, resultando em 60 dias de prisão temporária. No total , foram sete pessoas presas, estando duas ainda foragidas. A investigação foi concluída e o Inquérito Policial encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco com a solicitação de prisão preventiva para todos. O MPPE encaminhou a denúncia ao Judiciário solicitando também a prisão preventiva por tentativa de homicídio, associação criminosa, provocação de tumulto em desfavor de todos os envolvidos.
Haim Ferreira , Wilson Maranhão
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