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quinta-feira, 4 de julho de 2024

AUDIÊNCIA

MPPE dá prazo para Olinda apresentar PL de conselho para combater uso de drogas

De acordo com o Ministério Público, foi constatado que Olinda possui diversas lacunas no atendimento aos jovens em situação de drogadição (Foto: Reprodução/MPPE)

 

Audiência foi realizada em abril, mas foi divulgada nesta quarta-feira (3)
 
Uma audiência extrajudicial foi promovida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para discutir as ações de prevenção e atendimento especializado às crianças e adolescentes em situação de uso de substâncias psicoativas de Olinda, no Grande Recife. Entre uma das deliberações está a apresentação de um projeto de Lei para criação de um Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas

A sessão foi realizada pela  1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda – Infância e Juventude e pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda – Saúde e Consumidor no dia 8 de abril, mas foi divulgada pelo MPPE nesta quarta-feira (3).

A reunião foi promovida após inúmeras denúncias serem enviadas ao Ministério Público sobre a ineficiência no atendimento da rede local e a insuficiência dos serviços públicos às crianças e adolescentes em situação de drogadição.

A população se queixou em relação à infraestrutura oferecida pelo município para o enfrentamento ao uso de substâncias psicoativas por crianças e adolescentes.

A coordenadora da Secretaria Executiva de Política Sobre Drogas de Olinda, Rosely Chaves, informou que a Secretaria iniciou o projeto "Prevenir é Cuidar", que tem o objetivo de reduzir os danos causados pelas substâncias lícitas e ilícitas. 

O projeto atua nas escolas, comunidades e na orla, com abordagens, palestras, conversas e debates sobre drogas. Também há um canal de atendimento telefônico para usuários e familiares.

Deficiências
 
De acordo com o Ministério Público, foi constatado que Olinda possui diversas lacunas no atendimento aos jovens em situação de drogadição. Entre elas estão a inexistência do CAPS AD voltado para a população infantojuvenil, além da diminuição das ofertas de prevenção nos territórios da cidade (projetos e ações em arte, cultura e esportes) antes disponibilizadas aos jovens nas comunidades por entidades da sociedade civil, apoiadas por recursos do PET, Comdaco, SCFV e Pontos de Cultura entre outros.

O MPPE ainda pontuou a quase inexistente de promoção de serviço de psicoterapia para crianças e adolescentes, ausência de Programa de Abordagem Social de Rua especializado e baixa eficácia dos fluxos de atendimento e cuidado especializado para situações em que os jovens já apresentem o uso do crack.

A Promotora de Justiça Maísa Silva Melo de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda – Saúde e Consumidor, ressaltou a importância da atuação em conjunto da Secretaria de Saúde e a de Assistência Social na tentativa de solucionar os casos de dependência química.

Ao final da audiência foram apresentadas quatro deliberações: 
 
1) A Prefeitura de olinda tem 30 dias para realizar o encaminhamento do projeto de lei da criação do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas; 
2) 30 dias para o COMDACO encaminhar resposta quanto à apreciação em pleno e, se aprovado, encaminhar ao MP a lista dos membros da comissão intersetorial de elaboração do Plano Municipal de Prevenção e Atendimento à Crianças e Adolescentes em Situação de Uso de Substâncias Psicoativas; 
3) O Comdaco assumiu a responsabilidade de debater em pleno a proposta de elaboração do Plano Municipal de Prevenção e Atendimento a Crianças e Adolescentes em situação de uso de substâncias psicoativas; 
4) 30 dias para a Secretaria de Saúde encaminhar deliberações acerca da implantação das UAs, bem como dos mecanismos que serão utilizados para ampliação da oferta de psicoterapia para crianças e adolescentes no município.

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