Eleições 2024: 'Campanha do milhão' no PL segue gerando treta entre candidatos
Em novo vídeo, o candidato Paulo Abou Hana apela a Valdemar Costa Neto uma intervenção na divisão do Fundo Partidário e cita 'Campanha do milhão'
A divisão do Fundo Partidário no PL segue gerando conflito entre os 38 candidatos à vereança no Recife. Destes, apenas o candidato Paulo Abou Hana tornou pública a sua indignação ao postar um vídeo nas redes sociais na última sexta-feira (13), apresentando uma relação de candidatos e quanto cada um recebeu respectivamente.
No vídeo "denúncia", o candidato mostra que alguns nomes do partido, assim como ele, não receberam nenhum repasse da executiva para financiamento de suas campanhas.O motivo apontado por Paulo Abou Hana seria um suposto favoritismo interno.
No primeiro vídeo ele chega a chamar alguns vereadores de "amigos do rei" - possível referência à Anderson Ferreira, presidente do PL-PE,
Nesta quarta-feira (18), em um novo vídeo, o candidato afirma que "os indicados do rei no PL só engordam as suas contas da campanha enquanto os verdadeiros patriotas estão sendo sabotados e neutralizados". E não para por aí, Abou Hana apela a um posicionamento do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Abou Hana afirma que "os candidatos a vereador do Recife estão sendo sabotados" e logo em seguida faz um apelo para uma intervenção do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o candidato atualiza que alguns nomes do PL receberam um novo repasse da executiva nacional do partido esta semana, como Netinho Eurico, filho do pastor Eurico, que havia recebido 500 mil e agora está com 930 mil reais e o candidato Jorge Parafina, que tinha 20 mil e agora está com 50 mil.
O vídeo está repercutindo nas redes sociais e alguns seguidores do candidato chegaram a especular uma possível saída de Bolsonaro do PL por conta disto. "Não aceitamos essa covardia, capitão [Jair Bolsonaro]. O senhor tem que se posicionar sobre isso, não é justo o que está acontecendo. Vereadores já eleitos, em busca das suas reeleições, tem seus recursos e ainda recebem esses valores. Enquanto isso, outros que estão dando a cara a tapa não estão recebendo um centavo", aponta um seguidor do candidato.
Todos esses dados são auditáveis.
Conforme a resolução 006/24 do Partido Liberal, que regulamenta a distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para as eleições, o dirigente da sigla possui poder discricionário — sem restrições — para definir o montante que será destinado a cada campanha, de acordo com a legislação eleitoral vigente.
O presidente do partido pode utilizar diferentes critérios para dividir o valor.
O outro lado
A reportagem buscou o PL e aguarda resposta. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
por Yan Lucca
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