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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

ELEIÇÕES 2024

Confira as promessas dos candidatos a prefeito do Recife para a saúde

                                                                  Rafael Vieira/DP Foto

 

Taxa de óbito na capital é de 9,12 mortes por mil habitantes; 1,26 poderiam ser evitadas pela atenção básica
 
No quinto dia da série sobre as propostas dos candidatos e candidatas à Prefeitura do Recife, o Diario de Pernambuco aborda os desafios da saúde pública na capital pernambucana como sua quarta temática. As propostas apresentadas foram extraídas dos planos de governo dos postulantes registrados no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). O critério para a escolha dos participantes foi a representação de seus partidos no Congresso Nacional, respeitando a Lei 9.504/1997, conhecida como a Lei das Eleições.

Hoje, a atenção básica do Recife cobre 80% do território, um aumento de 21% comparado a novembro do ano passado. Entretanto, os 20% desassistidos representam mais de 300 mil pessoas. A meta do município é alcançar os 100% ainda neste ano. A taxa de óbito na capital é de 9,12 mortes por mil habitantes. 1,26 destes óbitos são por causas evitáveis pela Atenção Básica em Saúde.

De acordo com dados do DataSus em 2022, a cidade do Recife possui uma taxa de 4,96 leitos do SUS por cada 1 mil habitantes. O índice se enquadra na recomendação de uma média de 3 a 5 leitos por mil habitantes, sugerido pela ONU.

A capital possui uma cobertura vacinal média de 70,3% - abaixo da média comparado aos demais municípios brasileiros. A meta recomendada pelo Ministério da Saúde é de 95%. A vacina com maior cobertura no Recife é a BCG, com taxa de 86,1%, enquanto a imunização da Poliomielite apresenta a menor taxa, com 63,35%.
 
Confira as propostas 
 
 (Rebeca Alves/Alepe)
Rebeca Alves/Alepe
 
 
Daniel Coelho 
 
Ampliar e consolidar a rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nos bairros, com atendimento especializado e humanizado para pessoas com transtornos mentais e dependência química.

Ampliar e melhorar os serviços de saúde voltados às mulheres, com foco em saúde reprodutiva, pré-natal, prevenção de câncer e saúde mental. Unidades móveis de saúde serão disponibilizadas para atender áreas periféricas e comunidades específicas.

Implementar programas continuados de saúde infantil, com foco na prevenção e tratamento de doenças comuns na infância, vacinação, nutrição e acompanhamento do desenvolvimento.

Implementar, ampliar e consolidar unidades de saúde móveis para atender comunidades rurais, quilombolas e áreas de difícil acesso.

Intensificar o desenvolver programas de telemedicina para ampliar o acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas periféricas e comunidades vulneráveis. 

 (Francisco Silva/DP Foto)
  Francisco Silva/DP
 
 
Dani Portela
 
Assegurar cobertura territorial completa no Recife, garantindo que as pessoas possam acessar postos de saúde próximos às suas residências, independentemente da situação de ocupação da moradia.

Diminuir o tempo de espera nos serviços de saúde, melhorar a distribuição de medicamentos pela rede municipal e facilitar o acesso a especialidades médicas, inclusive em situações de urgência. 
 
Desenvolver a integração das áreas de Educação e Saúde, promovendo a saúde preventiva, mapeamento das necessidades da população e garantia de acesso rápido à laudos para pessoas autistas (TEA), com déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e outras neuroatipicidades.

Fortalecer as equipes de Atenção Básica (AB), proporcionando estrutura adequada, valorização dos profissionais e suporte administrativo necessário.

Capacitar profissionais de saúde para o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e/ou doméstica nas unidades.  

 (Marina Torres/DP Foto)
Marina Torres/DP Foto
 
 Gilson Machado
 
Melhoria na infraestrutura, compra e abastecimento de geradores, insumos, remédios e equipamentos. Contratação de profissionais para atender o déficit atual e implementação de soluções digitais para agendamento,encaminhamento médico, telemedicina,receituários médicos e atestados.

Realizar campanhas de prevenção a arboviroses (dengue, chicungunha, entre outras), doenças de risco, saúde mental, saúde da mulher e do idoso, vacinação e saúde dentária.

Zerar as filas de consultas, exames e cirurgias, com mutirões em regime de plantão, tanto em centros médicos como em ações itinerantes nos bairros, com apoio e parceria da iniciativa privada e convênio com universidades. 
 
Implantar o Prontuário Eletrônico com a integração digital entre as Unidades de Saúde, onde dados do paciente, com seu histórico e os procedimentos médicos (consultas, exames, internações) serão visualizados e atualizados por qualquer unidade de saúde.

Implantar um Centro de Distribuição de Saúde (CDS) para garantir o abastecimento de medicamentos e insumos nas unidades de saúde.
 
 (Priscilla Melo/DP Foto)
Priscilla Melo/DP Foto
 
 
João Campos
 
Ampliação da rede de consultórios na rua, principal serviço de saúde destinado a pessoas em situação de rua.

Seguir avançando na estratégia de saúde mental, área na qual foram implantados o Centro de Convivência em Saúde Mental e o Serviço Integrado de Saúde Mental (SIM).

Expandir a cobertura da estratégia de saúde da família, junto com a abertura de novas unidades de média e alta complexidade.

Concluir e colocar para funcionar o Hospital da Criança, onde serão realizadas consultas, exames e cirurgias de pequeno porte. A unidade será equipada com 60 leitos, sendo 50 destinados à enfermaria e dez à terapia intensiva (UTI).
 
Tecio Teles
 
Implementar sistemas de triagem digital para atendimento prioritário, incluindo aplicativos e plataformas online que permitam a pré-avaliação de pacientes remotamente, facilitando o encaminhamento ao atendimento adequado.

Ampliação e Modernização das Unidades de Saúde: Expandir e modernizar as Unidades de Saúde da Família, garantindo que todas as comunidades tenham acesso a serviços de saúde básicos de alta qualidade.

Implementar unidades de emergência pediátrica em hospitais estratégicos para garantir atendimento rápido e especializado a crianças em situações de urgência.

Criar centros de tratamento e reabilitação especializados no atendimento a pessoas com dependência de álcool e outras drogas e realizar campanhas de conscientização sobre os riscos do alcoolismo e do uso de drogas.

Ampliar o atendimento ginecológico e obstétrico nas unidades de saúde, garantindo acesso fácil e rápido para todas as mulheres, e desenvolver programas de prevenção e diagnóstico precoce de doenças como câncer de mama e colo do útero.
 
Por: Guilherme Anjos

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