Confira as promessas dos candidatos a prefeito do Recife para a saúde
Rafael Vieira/DP Foto
Taxa de óbito na capital é de 9,12 mortes por mil habitantes; 1,26 poderiam ser evitadas pela atenção básica
No quinto dia da série sobre as propostas dos candidatos e
candidatas à Prefeitura do Recife, o Diario de Pernambuco aborda os
desafios da saúde pública na capital pernambucana como sua quarta
temática. As propostas apresentadas foram extraídas dos planos de
governo dos postulantes registrados no Tribunal Regional Eleitoral de
Pernambuco (TRE-PE). O critério para a escolha dos participantes foi a
representação de seus partidos no Congresso Nacional, respeitando a Lei
9.504/1997, conhecida como a Lei das Eleições.
Hoje,
a atenção básica do Recife cobre 80% do território, um aumento de 21%
comparado a novembro do ano passado. Entretanto, os 20% desassistidos
representam mais de 300 mil pessoas. A meta do município é alcançar os
100% ainda neste ano. A taxa de óbito na capital é de 9,12 mortes por
mil habitantes. 1,26 destes óbitos são por causas evitáveis pela Atenção
Básica em Saúde.
De acordo com dados do
DataSus em 2022, a cidade do Recife possui uma taxa de 4,96 leitos do
SUS por cada 1 mil habitantes. O índice se enquadra na recomendação de
uma média de 3 a 5 leitos por mil habitantes, sugerido pela ONU.
A
capital possui uma cobertura vacinal média de 70,3% - abaixo da média
comparado aos demais municípios brasileiros. A meta recomendada pelo
Ministério da Saúde é de 95%. A vacina com maior cobertura no Recife é a
BCG, com taxa de 86,1%, enquanto a imunização da Poliomielite apresenta
a menor taxa, com 63,35%.
Confira as propostas
Rebeca Alves/Alepe |
Daniel Coelho
Ampliar
e consolidar a rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nos
bairros, com atendimento especializado e humanizado para pessoas com
transtornos mentais e dependência química.
Ampliar
e melhorar os serviços de saúde voltados às mulheres, com foco em saúde
reprodutiva, pré-natal, prevenção de câncer e saúde mental. Unidades
móveis de saúde serão disponibilizadas para atender áreas periféricas e
comunidades específicas.
Implementar programas
continuados de saúde infantil, com foco na prevenção e tratamento de
doenças comuns na infância, vacinação, nutrição e acompanhamento do
desenvolvimento.
Implementar,
ampliar e consolidar unidades de saúde móveis para atender comunidades
rurais, quilombolas e áreas de difícil acesso.
Intensificar
o desenvolver programas de telemedicina para ampliar o acesso aos
serviços de saúde, especialmente em áreas periféricas e comunidades
vulneráveis.
Francisco Silva/DP |
Dani Portela
Assegurar
cobertura territorial completa no Recife, garantindo que as pessoas
possam acessar postos de saúde próximos às suas residências,
independentemente da situação de ocupação da moradia.
Diminuir
o tempo de espera nos serviços de saúde, melhorar a distribuição de
medicamentos pela rede municipal e facilitar o acesso a especialidades
médicas, inclusive em situações de urgência.
Desenvolver
a integração das áreas de Educação e Saúde, promovendo a saúde
preventiva, mapeamento das necessidades da população e garantia de
acesso rápido à laudos para pessoas autistas (TEA), com déficit de
atenção e hiperatividade (TDAH) e outras neuroatipicidades.
Fortalecer
as equipes de Atenção Básica (AB), proporcionando estrutura adequada,
valorização dos profissionais e suporte administrativo necessário.
Capacitar profissionais de saúde para o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e/ou doméstica nas unidades.
Marina Torres/DP Foto |
Gilson Machado
Melhoria
na infraestrutura, compra e abastecimento de geradores, insumos,
remédios e equipamentos. Contratação de profissionais para atender o
déficit atual e implementação de soluções digitais para
agendamento,encaminhamento médico, telemedicina,receituários médicos e
atestados.
Realizar campanhas de prevenção a
arboviroses (dengue, chicungunha, entre outras), doenças de risco, saúde
mental, saúde da mulher e do idoso, vacinação e saúde dentária.
Zerar
as filas de consultas, exames e cirurgias, com mutirões em regime de
plantão, tanto em centros médicos como em ações itinerantes nos bairros,
com apoio e parceria da iniciativa privada e convênio com
universidades.
Implantar
o Prontuário Eletrônico com a integração digital entre as Unidades de
Saúde, onde dados do paciente, com seu histórico e os procedimentos
médicos (consultas, exames, internações) serão visualizados e
atualizados por qualquer unidade de saúde.
Implantar
um Centro de Distribuição de Saúde (CDS) para garantir o abastecimento
de medicamentos e insumos nas unidades de saúde.
Priscilla Melo/DP Foto |
João Campos
Ampliação da rede de consultórios na rua, principal serviço de saúde destinado a pessoas em situação de rua.
Seguir
avançando na estratégia de saúde mental, área na qual foram implantados
o Centro de Convivência em Saúde Mental e o Serviço Integrado de Saúde
Mental (SIM).
Expandir a cobertura da estratégia de saúde da família, junto com a abertura de novas unidades de média e alta complexidade.
Concluir
e colocar para funcionar o Hospital da Criança, onde serão realizadas
consultas, exames e cirurgias de pequeno porte. A unidade será equipada
com 60 leitos, sendo 50 destinados à enfermaria e dez à terapia
intensiva (UTI).
Tecio Teles
Implementar
sistemas de triagem digital para atendimento prioritário, incluindo
aplicativos e plataformas online que permitam a pré-avaliação de
pacientes remotamente, facilitando o encaminhamento ao atendimento
adequado.
Ampliação e Modernização das Unidades
de Saúde: Expandir e modernizar as Unidades de Saúde da Família,
garantindo que todas as comunidades tenham acesso a serviços de saúde
básicos de alta qualidade.
Implementar unidades
de emergência pediátrica em hospitais estratégicos para garantir
atendimento rápido e especializado a crianças em situações de urgência.
Criar
centros de tratamento e reabilitação especializados no atendimento a
pessoas com dependência de álcool e outras drogas e realizar campanhas
de conscientização sobre os riscos do alcoolismo e do uso de drogas.
Ampliar
o atendimento ginecológico e obstétrico nas unidades de saúde,
garantindo acesso fácil e rápido para todas as mulheres, e desenvolver
programas de prevenção e diagnóstico precoce de doenças como câncer de
mama e colo do útero.
Por: Guilherme Anjos
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