Delator: Collor recebeu propina em mãos
Delatores afirmaram em depoimentos a investigadores da Operação Lava Jato que o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu pessoalmente dinheiro vivo resultante do esquema de corrupção na Petrobras – a TV Globo teve acesso ao teor dos depoimentos. Antes de o dinheiro chegar às mãos do ex-presidente da República, afirmaram esses delatores, a quantia teria circulado em um carro-forte de uma empresa de valores e em carros blindados.
Segundo esses depoimentos, Collor foi destinatário de propina referente a um acordo que envolveu a BR Distribuidora para beneficiar uma rede de postos – a Aster, de propriedade do empresário Carlos Alberto Santiago, em cujo escritório a Polícia Federal apreendeu R$ 3,6 milhões nesta semana.
De acordo com os delatores, o principal articulador do acordo que teria resultado em propina para dirigentes da BR e para o próprio senador do PTB foi Pedro Paulo Leoni Ramos, ministro de Assuntos Estratégicos do governo Collor.
O advogado Rogério Marcolini, defensor de Collor disse que não teve acesso ao teor do que motivou as buscas e, por isso, não comentará as acusações. Ele também criticou a demora para ter acesso às investigações.
Entregador do doleiro, Rafael Ângulo disse que entregou dinheiro vivo a Collor no apartamento dele, em São Paulo – R$ 60 mil em notas de R$ 100. E que chegou a pagar faturas do cartão de crédito do ex-ministro de Collor. A mando de Youssef, o entregador contou que usou carro blindado para buscar dinheiro no posto de Carlos Alberto Santiago. O dinheiro chegou num carro-forte, contou Ângulo aos investigadores.
Do portal G 1

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