Áudio de Cid é grave demais para ser ignorado, mas será
São graves demais para serem ignoradas as acusações do tenente-coronel Mauro Cid contra a Polícia Federal, que segundo ele apenas se interessa em confirmar suas narrativas, e ao próprio ministro Alexandre de Moraes. Mas serão ignoradas, como têm sido acusações muito semelhantes da oposição sobre métodos dessas autoridades. O Senado tem a prerrogativa de investigar, mas seu presidente, Rodrigo Pacheco, aliado de Lula, está muito confortável no “temor reverencial” ao Supremo.
Delação questionada
As denúncias de Cid, a rigor, anulam suas declarações sob acordo de delação premiada, até por insinuar que teriam sido “distorcidas”.
Fora do script
O advogado de Cid alega que suas falas foram um “desabafo”, mas, como o próprio militar disse, não são o que PF e Moraes queriam ouvir.
Desafio da credibilidade
A PF tem corregedoria com reputação de seriedade, mas enfrentará o enorme desafio da credibilidade: será polícia investigando polícia.
Confirmou, prendeu
O militar foi intimado a depor, nesta sexta, para confirmar que falou tudo aquilo mesmo. Confirmou e foi preso por violação de medidas cautelares.
Cláudio Humberto
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