Igreja Católica reúne candidatos em Olinda para ouvir propostas
Evento ocorreu no Vicariato de Olinda e contou com a participação da maioria dos postulantes
O Vicariato de Olinda, ligado à Arquidiocese de Olinda e Recife, recebeu nesta sexta-feira (20) os candidatos à Prefeitura de Olinda para ouvir as propostas para a área social da cidade.
Estiveram presentes os candidatos Antônio Campos (PRTB), Izabel Urquiza (PL), Márcio Botelho (PP), Mirella Almeida (PSD) e Vinícius Castello (PT). O candidato do PCO, Clécio Basílio, não foi localizado pela organização para que pudesse ser feito o convite para participar.
O Frei Denis Pimentel abriu o evento e justificou sua realização,
tendo esse sido o primeiro do tipo promovido por um Vicariato. "Nós
patrões queremos saber o que nossos funcionários pretendem fazer na
gestão", afirmou o Frei.
Os candidatos tiveram 20 minutos iniciais para expor as propostas, mas
nenhum usou o tempo completo. Na ordem alfabética, Antonio Campos (PRTB)
abriu os discursos e fez questão de ressaltar sua relação com a Igreja,
relembrando ter sido batizado pelos pais e ser crismado por Dom Hélder
Câmara.
Campos apresentou como proposta a realização de parcerias com igrejas
Católicas e Evangélicas para colocar em prática programas sociais como o
“Fome Zero”, que pretende implantar na cidade. Ele defendeu também a
abertura de duas casas de recuperação para combater o uso de drogas na
cidade.
“Quero fazer o maior programa social para recuperar os jovens de Olinda
das drogas, um trabalho voluntário, de forma alguma será compulsório.
Irei comprar duas casas na área rural de Olinda e fazer duas grandes
casas de recuperação, de acordo com a lei, além de fazer convênios e
parcerias com as igrejas. É pão e salvação”, ressaltou o postulante.
Izabel Urquiza (PL) foi a segunda a tomar a palavra e destacou os baixos
índices de eficiência na gestão em que figura a cidade. A candidata
destacou sua trajetória profissional e salientou que por algum tempo
tentou fugir da política, mas que, ao ser indicada pelo grupo político
que sua mãe, a ex-prefeita Jacilda Urquiza, foi convencida.
“No meu plano de governo, tem o compromisso de fortalecer a colaboração
com instituições religiosas para promover inclusão social, segurança
alimentar e cidadania. Eu sou uma candidata que tenho uma preocupação
muito grande de fazer uma gestão participativa e promover a inclusão.
Meu compromisso sempre foi esse”, pontuou Urquiza.
Márcio Botelho (PP), que falou em seguida, se apresentou como
vice-prefeito, mas declarou que a gestão “se descontrolou no segundo
mandato”, motivo pelo qual justifica ter rompido com o atual prefeito e
ser candidato. Ele criticou obras feitas na cidade, afirmando que elas
não beneficiam a população.
“Secretário não tinha nenhum tipo de autonomia na Prefeitura de Olinda
para executar suas obras. O que a gente vê são obras que não têm cunho
social, não beneficiam a população. A gente tem o projeto de governar
Olinda e dar uma melhor qualidade de vida à população Olindense. A gente
tem responsabilidade social”, enfatizou.
Ao iniciar seu discurso, Mirella Almeida se apresentou falando de sua
trajetória nas secretarias que ocupou na cidade. Ela prometeu aumentar a
cobertura de saúde, promover capacitação profissional e evidenciou o
desejo de fazer parcerias com a Igreja, caso seja eleita.
“No nosso plano de governo a gente quer criar um centro de capacitação
para mães e mulheres do município. Eu sei da importância social que a
igreja tem, e nós queremos fazer parcerias que deem certo na nossa
cidade. A gente tem o objetivo de transformar vidas para melhor e eu sei
que a Igreja tem o mesmo objetivo”, declarou.
Vinicius Castelo (PT) foi o último a se colocar e afirmou que não era
possível falar em propostas sem antes conferir a realidade do município.
Ele apresentou como principal proposta para enfrentar os problemas da
cidade a realização do orçamento participativo, para ouvir os moradores
em seus anseios.
“Não é interessante chegar aqui e dizer eu vou fazer isso ou aquilo,
porque sei que serei empregado. É sendo empregado que a gente escuta,
convida e faz com que as pessoas participem. No meu plano de governo, o
orçamento participativo será o motor para que a gente possa fazer com
que as pessoas digam o que querem enquanto cidade”, expôs Castello.
Após os discursos, foram abertas as oportunidades para perguntas, sendo
uma delas sobre a posição dos candidatos sobre o aborto. Ao responderem,
todos os candidatos se declararam pessoalmente contra o aborto, mas
chamaram a atenção para que o assunto fosse tratado de forma lúcida.
Por Anthony Santana
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