MINISTROS ESPERAM QUEDA NOS PREÇOS DOS ALIMENTOS A PARTIR DE ABRIL
Ministros atribuíram o aumento no preço dos alimentos nos últimos meses a questões climáticas, e esperam uma queda já a partir de abril. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião na manhã desta quinta-feira (14/3) para tratar do tema.
Estiveram presentes os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
“O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no fim do ano. Porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo”, declarou Teixeira a jornalistas após a reunião. “Todas as evidências são de que [o preço] já baixou. Houve uma diminuição de preço ao produtor, e terá uma diminuição ainda maior. Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas”, acrescentou.
Nos últimos meses, o preço dos alimentos aumentou consideravelmente. Em janeiro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o salto foi de 1,81%. Em fevereiro, foi de 1,12%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também atribuiu o aumento a questões climáticas, como altas temperaturas e fortes chuvas nas regiões produtoras.
Segundo Fávaro, o preço aos produtores já baixou para alguns alimentos, como Rio Grande do Sul. O preço da saca do arroz, de acordo com o ministro, foi de R$ 120 para R$ 100 no estado. “Esperamos que, com essa baixa, os atacadistas também abaixem na gôndola dos supermercados, que é onde as pessoas compram”, contou.
O governo federal estuda medidas dentro do Plano Safra para incentivar a produção de alimentos básicos, como o arroz e o feijão. O presidente Lula também prepara uma rodada de encontros com representantes do agronegócio. Pesquisa Quaest divulgada na semana passada apontou insatisfação dos eleitores com o valor dos alimentos, que contribuiu para a queda nos índices de aprovação do presidente.
Do Correio Braziliense
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