Saiba as propostas dos candidatos a prefeito do Recife para a segurança e defesa social
Guarda Municipal do Recife (Andréa Rêgo Barros/Divulgação)
Até julho deste ano, foram registradas 401 mortes e 257 casos de estupro na capital pernambucana
No último dia da série sobre as propostas dos candidatos e candidatas à Prefeitura do Recife, o Diario de Pernambuco apresenta os desafios da Segurança e Defesa Social
na capital como o sexto eixo temático. As propostas apresentadas foram
extraídas dos planos de governo dos postulantes registrados no Tribunal
Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). O critério para a escolha dos
participantes foi a representação de seus partidos no Congresso
Nacional, respeitando a Lei 9.504/1997, conhecida como a Lei das
Eleições.
Segundo dados da Secretaria de Defesa
Social de Pernambuco (SDS-PE), o Recife registrou um índice de Crimes
Violentos Letais Intencionais de 65,9 mortes por 100 mil habitantes em
2023, com 577 casos registrados de janeiro a dezembro.
Até
julho deste ano, foram registradas 401 mortes, enquanto no mesmo
período do ano passado, foram 330 casos. Também neste ano, já foram
registrados 257 casos de estupro, com 67,31% contra menores de idade.
Os
casos de Violência Doméstica Contra a Mulher fizeram 10.034 vítimas, o
que representa um índice de 675,63 por 100 mil. A maioria das vítimas
estão na faixa etária de 35 a 66 anos (45,87%).
Confira as propostas
Rafael Vieira/DP Foto |
Daniel Coelho
Investir
na capacitação contínua da Guarda Municipal, com treinamentos em
direitos humanos, mediação de conflitos e técnicas de policiamento
comunitário; ampliar e equipar o efetivo com as tecnologias mais
modernas para melhorar a eficiência e a transparência das operações.
Implementar
rondas ostensivas da Guarda Municipal em áreas críticas; fortalecimento
de parcerias com a Polícia Militar; desenvolvimento de programas de
policiamento comunitário; e firmar parcerias com associações de
moradores para garantir a eficácia do policiamento comunitário.
Criar
e ampliar centros de referência em áreas com altos índices de
criminalidade, oferecendo serviços de apoio psicológico, jurídico e
social para vítimas de violência.
Expandir
o sistema de monitoramento por câmeras em toda a cidade e atuar de
forma eficaz com o centro de controle e operações integrado e em
parcerias com a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Fortalecer
os conselhos de segurança comunitária; criar fóruns de segurança
comunitária nos bairros garantindo a representatividade e eficácia dos
fóruns.
Rebeca Alves/Alepe |
Dani Portela
Realizar
uma reforma abrangente nas estações de ônibus, incluindo melhorias na
segurança com a presença de agentes de segurança, climatização,
iluminação adequada e limpeza frequente.
Descentrar
o Centro de Referência no Cuidado de Crianças, Adolescentes e Famílias
Vítimas de Violência (CERCCA), que já realiza o atendimento psicossocial
e o acompanhamento psicológico dessas vítimas.
Realizar
concurso público para advogados e advogadas, para provimento dos
Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS),
conforme a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência
Social (NOB/SUAS) e o plano Municipal de atendimento socioeducativo do
Recife, para acompanhamento de adolescentes de medidas socioeducativas
de liberdade assistida e prestação de serviço à comunidade.
Aperfeiçoar
as estratégias de atendimento a pessoas usuárias de drogas, com foco na
redução de danos e adoção de ações amplas de reinserção social.
Construir
e implementar um plano municipal de enfrentamento ao transfeminicídio e
aos homicídios contra pessoas LGBTQIAPN+, e ampliar as ações de
enfrentamento à violência contra as mulheres.
Francisco Silva/DP Foto |
Gilson Machado
Armar e modernizar os equipamentos da Guarda Municipal; valorização e capacitação do efetivo.
Investimento
em tecnologia para monitoramento e inteligência em tempo real; adoção
de sistemas móveis inteligentes, a exemplo de Drones de alta
sensibilidade e visão noturna, operados por equipe móvel e integrada.
Criação
de programa de qualificação de cidadãos e profissionais da malha de
segurança como: porteiros, motoristas de aplicativos, mototaxistas,
vigilantes e servidores que trabalham nas ruas da cidade para
colaborarem com identificação e denúncias de atividades suspeitas, de
forma totalmente digital, protegendo a sua identidade.
Treinamento
de todos os profissionais de segurança para promover o combate à
violência contra mulheres, crianças, idosos e vulneráveis; construção de
um centro de atendimento humanizado e especializado no atendimento à
mulher em situação de violência doméstica; instalar o sistema de
monitoramento de Segurança Eletrônica em todos os parques, praças e
equipamentos de lazer e convivência, possibilitando a plena utilização
pela população.
Marina Torres/DP Foto |
João Campos
Dar continuidade às ações voltadas à cultura da paz e não violência, com ênfase na Rede Compaz.
Expansão
da rede de iluminação voltada para os pedestres, ampliando a sensação
de segurança e contribuindo para a redução de violência.
Em
alinhamento com o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social,
promover o aparelhamento e a modernizar a infraestrutura da GCM, além do
armamento gradual de parte do efetivo.
Aperfeiçoar as atividades de defesa social por meio de capacitação continuada e da valorização dos profissionais.
Manter ações voltadas a projetos ligados ao videomonitoramento do município.
Consolidação de novos equipamentos sociais.
Priscilla Melo/DP Foto |
Tecio Teles
Implementação
de programas de capacitação, treinamento e armamento da guarda
municipal. Equipagem adequada das forças de segurança com tecnologias
modernas.
Ampliação do uso de câmeras de
segurança e sistemas de reconhecimento facial para monitoramento das
áreas mais vulneráveis. Integração de sistemas de vigilância com centros
de comando e controle.
Desenvolvimento de
programas sociais focados em oferecer alternativas saudáveis para os
jovens. Parcerias com organizações comunitárias para promover atividades
educativas e recreativas que os mantenham engajados de maneira
positiva.
Criação de centros de apoio e
proteção para mulheres vítimas de violência. Programas de educação e
sensibilização sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres.
Criar um observatório dedicado ao levantamento e análise de dados relacionados à criminalidade.
Por: Guilherme Anjos
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