Justiça diz que há indícios ''sérios'' de participação de policiais civis em grupo de tráfico de drogas
Foto: Divulgação/PCPE
A juíza Andréa Calado da Cruz
pontuou o fato da Polícia Civil ocultar os nomes dos policiais civis e
expor as identidades dos PMs envolvidos nas ações criminosasA Justiça de Pernambuco afirmou que há indícios “sérios” de que
policiais civis estejam envolvidos na quadrilha “Os Gêmeos de Santo
Amaro”, liderada por Bruno Teixeira de Oliveira e Thiago Teixeira de
Oliveira.
A Operação Blindados,
instaurada nesta quinta-feira (28), mostrou a participação de policiais
militares no grupo criminoso, mas, segundo a Justiça, existe a
possibilidade de que a Polícia Civil esteja “ocultando” agentes da
própria corporação.
No processo, a
juíza Andréa Calado da Cruz afirma que há “indícios sérios de que a
Polícia Civil possa estar deliberadamente ocultando agentes pertencentes
a suas próprias fileira,s enquanto expõe de maneira ostensiva os
agentes pertencentes à Polícia Militar”.
Ainda
segundo a juíza, “tal conduta, caso confirmada, configura uma afronta
direta aos princípios da legalidade e imparcialidade, que devem reger as
ações das forças da segurança pública”.
No
documento, a magistrada destaca que “a ocultação ou até mesmo a
manipulação das operações de forma que favoreça uma instituição em
detrimento de outra não será tolerada sob hipótese alguma. Tal
comportamento fere a confiança pública nas instituições e compromete a
credibilidade das ações das autoridades judiciais e policiais”.
A operação
A
segunda fase da Operação Blindados apontou a participação de policiais
militares no grupo criminoso liderados por dois irmãos, que atuavam no
tráfico de drogas e que teriam envolvimento com homicídios no Recife.
O
envolvimento dos PMs com a organização foi descoberto após a quebra de
sigilo telefônico dos traficantes, alvos da primeira fase da operação,
em janeiro deste ano.
Os PMs investigados
são José Tarcísio de Carvalho Pereira, Valter Mendonça de Azevedo,
Rayner Thainan Ferreira Santos, Ivison Francisco Alves Júnior e Artur
Luiz Silva Sampaio Cabral. Todos tiveram a prisão temporária decretada
pela Justiça pernambucana.
As
investigações apontam que policiais militares forneceram informações
privilegiadas sobre membros da própria corporação e antecipando dados de
operações policiais.
Por: Adelmo Lucena
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