Trâmite burocrático encerraria no último dia 13, mas data precisou ser reajustada; investidores não veem motivo para alarde e entendem que prorrogação faz parte do processo
A constituição da SAF do Santa Cruz está em andamento, mas deve demandar um pouco mais de tempo para sair, de fato, do papel. É que o prazo para revisão extensa de contratos, o due diligence, terminaria no último dia 13, justamente um mês depois da assinatura da proposta vinculante pela venda das ações do futebol do clube aos investidores Márcio Cadar e Vinícius Diniz.
O prazo, por óbvio, já passou - e ainda assim as diligências continuam entre clube e os empresários mineiros que liderarão o projeto da Cobra Coral Participações S/A. O que está sendo tratado precisa ser refletido corretamente nos contratos.
Por essa razão, houve um consenso entre o envolvidos para que a avaliação tome mais tempo - os contratos revisados serão submetidos aos órgãos de governança do Tricolor, bem como na recuperação judicial.
Todos trabalham, agora, para que tudo avance dentro do mês de março. Assim concluída essa etapa, a SAF e o Santa Cruz divulgarão um cronograma detalhado com as próximas fases do processo.
Até aqui, de acordo com apuração do ge, não foram detectadas irregularidades em contratos de parceiros, fornecedores e funcionários, razão pela qual o alerta demandaria atenção especial.
Quase que diariamente advogados contratados pela SAF e pelo Tricolor, em São Paulo, Recife ou Belo Horizonte, conversam para afinar detalhes. Inclusive porque só assim, amarradas as pontas soltas, será possível convocar Assembleia de Sócios para votar pela cisão do departamento de futebol.
As tratativas, no entanto, caminham bem. O atraso é de conhecimento de todos, mas não é algo que preocupa a equipe de Márcio Cardar e Vinícius Diniz, apurou o ge. Um grupo de trabalho composto por Alexandre Kubstcheck, Iran Barbosa e Marcus Bittar tem os apoiado nesta transição.
O sentimento interno é de que as tratativas caminham na velocidade possível - do trabalho que depende estritamente do Santa Cruz e da SAF - ao passo que os investidores precisam do máximo de segurança para entrar no negócio, em especial do andamento da recuperação judicial.
O processo está com os prazos estourados e para a aquisição do futebol tricolor ocorrer, o clube, a associação, precisa passar antes pela RJ. São processos correlacionados.
E, como tornado público por Vinícius e Cadar ao podcast Dinheiro Em Jogo, do jornalista Rodrigo Capelo, "se a RJ não for homologada, é um fator de quebra do negócio".
Em resumo: o "pedido de noivado" entre Santa Cruz e SAF já foi formalizado, agora, as partes estão discutindo, com um certo atraso, para ver se "casam" ou não.
Por Camila Sousa
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