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domingo, 28 de setembro de 2025

REFENO 2025

Com largada no Marco Zero, 36ª edição da competição encanta público no Recife

36ª edição da maior regata oceânica da América Latina  - Foto: Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco

Famílias, entusiastas do esporte e curiosos ocuparam a praça do Marco Zero do Recife para acompanhar o evento, que contou com apresentações musicais e bonecos gigantes




O final da manhã deste sábado (27) foi marcado pela largada da 36ª edição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno). Famílias, entusiastas do esporte náutico e curiosos ocuparam a praça do Marco Zero do Recife para acompanhar o evento, que contou com apresentações musicais da banda marcial da Marinha do Brasil e da bateria da Gigantes do Samba, acompanhada de bonecos gigantes.

A 36ª edição da maior regata oceânica da América Latina conta com 95 barcos, divididos em cinco grupos, que irão percorrer 300 milhas náuticas (cerca de 560 km) até o arquipélago. Desde 2008 a Refeno não registrava esse número embarcações inscritas na prova.

Com recorde de inscrições femininas, que representam 28% dos quase 900 velejadores desta edição, a 36ª Refeno atraiu veleiros de 15 estados brasileiros e de quatro países: Argentina, Espanha, Dinamarca e Austrália. 

36ª Refeno

A flotilha mais numerosa é do Rio de Janeiro, com 20 barcos, seguida por São Paulo, que terá 18, incluindo o Pura Vida, comandado por Carla Silva Lopes e formado por uma tripulação 100% feminina. 

Bahia e Pernambuco vem na sequência, com 14 e 12 representantes, respectivamente. Santa Catarina tem seis; o Rio Grande do Sul cinco; o Paraná quatro. Também vão participar barcos do Espírito Santo (3), Sergipe (3), Paraíba (2), Ceará (1), Rio Grande do Norte (1), Maranhão (1), Minas Gerais (1), Goiás (1) e Distrito Federal (1).

O trajeto das embarcações até Noronha será acompanhado pelo navio patrulha da Marinha do Brasil, responsável pela segurança da prova.

No histórico da competição, o veleiro pernambucano Adrenalina Pura é o grande destaque. Comandado pelos pernambucanos Avelar Loureiro, Humberto Carrilho e Cecília Peixoto e campeão das duas últimas edições, a embarcação vai em busca da sua 10ª Fita Azul, título dado ao primeiro a cruzar a linha de chegada no Mirante do Boldró. Os demais foram conquistados quando o o barco era da bandeira da Bahia.

Público

A professora Ana Lúcia da Silva, foi com a mãe, Maria Lúcia da conceição Silva, 67, a irmã, Andréia Conceição da Silva, 46, e o sobrinho, Anthony Miguel, de 8 anos, para conferir a saída dos veleiros. 

Segundo a educadora, o planejamento da família para assistir a largada da Refeno teve início na semana passada, quando viram o anúncio nos jornais. “No ano passado, a gente viu por acaso e achou interessante, porque é uma coisa muito bonita. Aí a gente se programou para vir de novo em família e trazer o meu sobrinho. Ele ficou extremamente encantado, com os barcos, o barulho dos canhões, foi ótimo”, contou Ana Lúcia.

Assim como aconteceu com a família de Ana Lúcia, no ano passado, o gerente de vendas Eduardo Barbosa, de 47 anos, estava passando pelo Marco Zero com a esposa Michelle de Albuquerque, 42, e as três filhas Letícia, 4, Camila, 8, e Maria Eduarda, 12, quando foram surpreendidos pela largada da regata. 

“As meninas ficaram admiradas com o tamanho dos barco e tal, acharam bem legal e querem vir de novo”, disse o pai. 

O empresário baiano, Eduardo Pereira, de 41 anos, que está no Recife para participar de outro evento esportivo, levou a cadela Belinha para acompanhar a saída dos veleiros.

“Eu sou muito apegado a coisas com barcos, porque desde novo eu tenho uma ligação com a Marinha. Sempre tive esse sonho de fazer parte da Marinha. Então, quando vejo eventos assim, me encanta muito”, compartilhou Eduardo.

Ações além do esporte

O diretor de Vela Oceânica e da Refeno, Walter Neukranz, que acompanhou a largada da competição destacou que além da disputa esportiva, a Refeno movimenta a economia e o turismo do Recife e de Fernando de Noronha e promove ações sociais e ambientais, como atividades em escolas públicas, ações de saúde e projetos de preservação.

“A regata não é só a competição e nem é só as festas que estamos famosos por fazer. A gente tem também um cunho social que tentamos imprimir nesse evento. A gente também quer trazer a população para perto do barco, para ensinar o que é a cultura náutica”, afirmou o diretor.

Em Noronha, a organização da Refeno promoverá ações jurídicas, sociais e de saúde, além da premiação da regata no Forte dos Remédios. No mesmo local, na quarta-feira (1º), Digão Raimundos e Alceu Valença farão a festa dos presentes.

“Morar numa ilha não é fácil. Então, a gente tenta sempre fazer com que a Refeno deixe alguma coisa para a ilha. Então, essa é a ideia principal da Refeno. Todos os tripulantes que tem especialidades são convidados e se disponibilizam, por um dia, a prestar esse tipo de serviço na ilha”, completou Walter.

Outra novidade da 36ª Refeno é a ação veterinária, em parceria com o Núcleo de Vigilância Sanitária de Noronha (NVA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A ação teve início da última sexta-feira (26) e segue até 4 de outubro.

Por Gabriela Castello Buarque

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