PF pede arquivamento de investigação contra Adélio Bispo
O diretor-geral da
PF confirmou ligação entre o advogado que representou Adélio e o crime
organizado, mas disse que não há relação dele com a tentativa de
assassinar Bolsonaro
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andre Rodrigues, afirmou que Adelio Bispo de Oliveira agiu sozinho ao esfaquear o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL), em setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Foi o 3º inquérito envolvendo o atentado. O 1º, instaurado em setembro de 2018, também concluiu que Adélio agiu por iniciativa própria. Uma nova investigação com a mesma conclusão foi encerrada em maio de 2020. Depois da operação deflagrada nesta terça-feira (11), a PF pediu o arquivamento das investigações.
A investigação da PF concluiu que o advogado de Adelio Bispo tinha, de fato, vínculo com o PCC, maior facção do Brasil. Ele foi alvo de busca e apreensão em uma operação da corporação.
“Fizemos uma operação hoje em Minas Gerais que põe fim ao caso Adélio Bispo”, afirmou Rodrigues. “De fato, conseguimos comprovar que esse advogado é vinculado a organizações criminosas. Mas não há nenhuma vinculação do advogado com a tentativa de homicídio do ex-candidato”, afirmou o chefe da PF em um café da manhã com jornalistas.
Adélio foi preso logo após desferir a facada contra Bolsonaro, em setembro de 2018, em Juiz de Fora. Ele foi diagnosticado com transtornos mentais e considerado inimputável e está atualmente sob custódia do Estado.
Maria Fernanda
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