Uma das linhas de investigação do DHPP é que os seguranças de Gritzbach teriam falhado de forma proposital e indicado o momento que o empresário estava desembarcando do aeroporto. A polícia quer saber com quem os PMs conversaram momentos antes do crime, por isso os celulares foram apreendidos.
Os quatro policiais teriam afirmado que o carro que buscaria o empresário no aeroporto quebrou no caminho. Por conta disso, apenas um dos seguranças foi fazer a proteção do assassinado usando outro veículo; já os outros três seguranças ficaram onde o carro teria quebrado.
Como Gritzbach era muito visado por ter delatado práticas criminosas do PCC, um investigador disse à TV Globo que o mais lógico teria sido eles deixarem o carro quebrado para trás e os quatro seguranças irem ao aeroporto buscar o homem e não três deles protegerem um suposto carro quebrado.
Os investigadores também acreditam que Gritzbach já vinha sendo monitorado desde a saída de Maceió (AL) pois os assassinos sabiam o horário em que ele desembarcaria. A suspeita é que os matadores foram avisados do momento do desembarque para que o ataque fosse executado no momento em que ele pisasse para fora do saguão do aeroporto.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a namorada do empresário — que estava presente no momento da execução — também prestou depoimento. “Os dois carros utilizados pela escolta da vítima e um terceiro, supostamente usado pelos atiradores, foram apreendidos e periciados, assim como os celulares dos integrantes da escolta e da namorada do homem”, informou a pasta.
Procurado pelo g1, João Carlos Campanini — advogado de defesa dos policiais Leandro Ortiz e Romarks Cesar Ferreira de Lima — informou que “aguardará o término das investigações para posicionamento”.
A defesa de Adolfo Oliveira Chagas e Jefferson Silva Marques de Sousa não foi localizada até a última atualização da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Feridos
Dois motoristas de aplicativo, de 39 e 41 anos, e uma mulher que estava na calçada do terminal, de 28, também ficaram feridos durante a execução do empresário, jurado de morte da facção criminosa paulista.
Eles foram socorridos e encaminhados ao Hospital Geral de Guarulhos. Os homens permanecem internados neste sábado, enquanto a mulher recebeu alta.
Do g1
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