Hospital da Polícia Militar de Pernambuco pede socorro
O mesmo ofício relatou que também estavam suspensos novos internamentos na UTI e cirurgias eletivas, entre outros atendimentos, por falta de pagamento à cooperativa responsável que fornece profissionais de enfermagem ao Hospital da Polícia e trabalhadores que realizam exames de imagem.
Como se não bastasse a situação do Centro Médico, há outras dificuldades enfrentadas por quem depende do Sistema de Saúde dos Militares do Estado de Pernambuco (Sismepe). Este blog tem recebido denúncias de que, pasmem, pacientes oncológicos estão sem acesso a tratamento e recebem a orientação para que aguardem, porque estaria havendo “renovação de contrato com as clínicas”.
É, no mínimo, desumano pedir a um paciente com câncer que aguarde e ainda dizer que não há previsão para seu atendimento. Há relatos de pessoas que iniciaram o tratamento com quimioterapia e precisaram interromper, porque as novas sessões não foram autorizadas. O que fazer numa situação dessa? Pedir para a doença aguardar a boa vontade do Estado?
EXAMES, NEM PENSAR
Segundo as informações repassadas do blog, há dificuldade para fazer exames no Centro Médico Hospitalar da PMPE. Os setores de endoscopia e colonoscopia estariam fechados, sem datas definidas para retorno. Exames de sangue e de ultrassonografia de mamas também estariam suspensos desde o mês de agosto deste ano. Outra denúncia diz respeito ao atendimento de 64 crianças autistas filhas de bombeiros e policiais militares que ficaram sem atendimento em uma clínica especializada desde o início de dezembro, porque o contrato com o governo não foi renovado.
Policiais maqueiros
O blog também recebeu relatos de que os salários dos funcionários terceirizados do Hospital da PM estariam atrasados por falta de pagamento do governo para as empresas, prejudicando técnicos de enfermagem, copeiros, anestesistas, fisioterapeutas, médicos e maqueiros. Alguns maqueiros, inclusive, teriam deixado os empregos e policiais militares teriam assumido suas funções, ou seja, policiais que poderiam estar nas ruas combatendo o crime estariam trabalhando como maqueiros na unidade, situação que ocorre há quatro meses.
Sem resposta da SDS
O blog procurou a Secretaria
de Defesa Social (SDS) e relatou por email todas as denúncias que
chegaram. No entanto, não recebeu resposta alguma até o fechamento desta
coluna. Recebemos a informação, entretanto, de que a governadora Raquel
Lyra (PSDB) estaria planejando fazer uma visita à unidade para entregar
máquinas de exames. O comentário nos bastidores é de que não adianta
fazer a foto entregando o equipamento se depois não vai haver
funcionário para manuseá-lo,
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