Vem aí a maior federação partidária
A maior dificuldade está no trabalho de articulação com as bases dos partidos nos estados, onde as alianças locais prevalecem e nem sempre refletem as mesmas que existem no Congresso Nacional. Se for consolidada, a federação terá impacto no cenário político em nível municipal, estadual e nacional. Pelo que se desenha até aqui, o futuro grupo político não tem planos para lançar um candidato próprio à Presidência da República.
A eventual aliança tem potencial para ser disputada por possíveis candidatos da esquerda e da direita, já que os partidos envolvidos têm articulação tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na federação partidária, as legendas atuam de forma unificada em todo o país. Essa atuação conjunta passa pelos desenhos eleitorais e pelos posicionamentos dentro do Congresso Nacional. Mas a união deve durar durante todo o mandato, ou seja, pelo prazo de quatro anos.
UNIÃO BRASIL, A DÚVIDA
Nos estados, há um diálogo mais próximo entre PP e Republicanos e uma dificuldade de acordo com o União Brasil. Integrantes do União resistem a uma aliança com os partidos em estados como Pernambuco, Paraíba e Amazonas. Ainda assim, a cúpula do PP não desistiu de trazer a legenda de Elmar Nascimento (PP-BA) para a federação, e avalia que o partido ainda pode selar o acordo.
Os nós estaduais
Se a super federação se consolidar, em Pernambuco a briga pelo seu controle se dará entre os deputados Eduardo da Fonte, principal liderança do PP, o ministro Sílvio Costa Filho, cacique-mor do Republicanos, e no latifúndio do União Brasil entre o deputado Mendonça Filho com o grupo Coelho. De fato, os interesses paroquiais devem atrapalhar – e muito – o projeto da união entre as três siglas. Em política, entretanto, não existem barreiras intransponíveis.
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