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domingo, 23 de novembro de 2025

SPORT - TIRANDO O DELE DA RETA

Diretor dispara sobre momento do Sport: "Parece que ninguém está olhando para a instituição"

Enrico Ambrogini, diretor geral de futebol do Sport (Paulo Paiva/Sport Recife)

Em declaração que estava "engasgada", Enrico Ambrogini criticou passividade e ressaltou que o "DNA do clube" deve passar por todos


Após a derrota do Sport para o Vitória neste domingo (23), a entrevista coletiva pós-jogo foi conduzida pelo diretor geral de futebol, Enrico Ambrogini. Logo na primeira pergunta, o dirigente adotou um tom de desabafo, reflexo do ano desastroso do Leão, que terminou rebaixado à Série B, e também de um olhar voltado ao futuro do clube.

Ambrogini foi questionado sobre promessas feitas desde sua chegada ao clube, em maio, relacionadas a mudanças no futebol do Sport, além da melhora do clube como um todo em meio à péssima temporada rubro-negra. Em forte tom, afirmou que a modernização do "DNA do clube" precisa ir além do campo.

Cobrança por mudança estrutural

Ao responder, o dirigente destacou que a transformação desejada envolve todas as áreas da instituição e não apenas contratações ou desempenho dentro das quatro linhas. Segundo ele, o Sport precisa "virar a chave” mesmo diante do momento difícil, para que 2026 seja um ano de reconstrução. Ele ressaltou que seu trabalho, e o de Thiago Gasparino, executivo de futebol, não se limita a contratações, mas à necessidade de uma transformação profunda na cultura interna do Sport. 

"A minha contratação e a do Thiago (Gasparino) foi para modernização e profissionalização do clube, e isso não é só contratar jogador. A passividade que a gente tem está muito longe de ser só jogador, é o clube inteiro, o staff. Não posso chegar amanhã e tudo estar bonito, não pode ser, é inaceitável. O Sport tem que começar a virar a chave, apesar do momento difícil, para fazer 2026 valer", expressou Ambrogini.

Indefinição para o próximo ano

Em seguida, o dirigente ampliou a análise e afirmou que, para 2026, o clube precisa resgatar seu "DNA", algo que vai muito além de esforço individual de atletas. Ele destacou que a identidade rubro-negra deve estar presente em todos os setores, e advertiu que ninguém pode se esconder ou se acomodar.

"Esse DNA que precisa ser resgatado não é só de jogador, não é colocar três atletas que correm, que dão carrinho, que está bom. O DNA é de todos de dentro. Se faz da cozinha, ao GPS, ao campo. Todo mundo tem que ter a sabedoria do que a instituição representa. Não pode chegar, fazer treino e ir para casa. Todos têm que melhorar. Em 2026 todos estão na reta, eu provavelmente também estou", iniciou, citando a necessidade de entendimento sobre a relevância do clube.

"Se não melhorar, se o desempenho de todos não for condizente com o que é o Sport, acabou. Me parece que ninguém está olhando para a instituição. Os valores individuais estão sendo colocados acima. Isso é inaceitável. Estava engasgado aqui para falar. É uma passividade muito grande", completou.

Próximo jogo

Na próxima sexta-feira (28), às 21h30, o Sport vai à Vila Belmiro enfrentar o Santos, pela 36ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O Peixe é mais um que briga contra a queda à Segunda Divisão. Já o Leão, rebaixado, segue apenas cumprindo tabela.

Gabriel Farias

 

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