Ministério Público pede que Polícia Civil volte a investigar morte de adolescente morto por PMs

Após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negar o
arquivamento do inquérito que investiga o homicídio do adolescente Darik
Sampaio da Silva, de 13 anos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE)
solicitou que a Polícia Civil volte a investigar a morte do
adolescente.
Darik jogava na
equipe sub-14 de futsal do Sport Club do Recife e morreu após ser alvo
de balas perdidas durante uma perseguição envolvendo a Polícia Militar e
fugitivos.
“A análise detida dos
autos nos permite constatar que o inquérito policial não se mostrou
conclusivo, restando pendente a realização de diligências indispensáveis
à elucidação dos fatos”, destaca a subprocuradora-Geral de Justiça
Norma Mendonça Galvão de Carvalho.
Segundo
a investigação da Polícia Civil, Darik foi atingido por uma bala
disparada por um dos policiais militares, mas até o momento o atirador
não foi identificado.
Segundo
o Ministério Público, “é preciso entender a dinâmica dos fatos, ou
seja, como se deu a trajetória dos disparos que atingiram a vítima, para
em seguida buscar identificar de quais armas foram deflagrados os
disparos que a atingiram fatalmente e, consequentemente, tentar chegar
aos possíveis autores”.
Diante
disso, foi recomendado que a Polícia Civil realize uma reprodução
simulada do caso para “esclarecer como ocorreu a infração, mesmo que os
investigados se neguem a participar”.
Também
deve requisitar uma perícia técnica para verificar a origem e a
trajetória dos disparos, estabelecendo o ângulo em que a bala atingiu o
corpo da vítima, bem como identificar de onde teriam partido os tiros,
A
Polícia Civil foi orientada, ainda, a identificar o tipo de arma e
munição utilizadas pelos policiais, bem como identificar os nomes dos
policiais que portavam as armas identificadas com resultado positivo no
exame de microcomparação balística encartado aos autos.
No
documento, o MPPE destacou “que fragmentos de bala foram encontrados no
corpo da vítima, além do que vários cartuchos deflagrados foram
localizados em frente da casa onde o adolescente foi atingido e também
foram identificados projéteis na parede do imóvel e escadaria, todos
compatíveis com as armas utilizadas pelos policiais durante a ação.
Por: Adelmo Lucena
Nenhum comentário:
Postar um comentário