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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

CASO DARIK

Ministério Público pede que Polícia Civil volte a investigar morte de adolescente morto por PMs

                                                                  Foto: Reprodução

 

Após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negar o arquivamento do inquérito que investiga o homicídio do adolescente Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou que a Polícia Civil volte a investigar a morte do adolescente. 

Darik jogava na equipe sub-14 de futsal do Sport Club do Recife e morreu após ser alvo de balas perdidas durante uma perseguição envolvendo a Polícia Militar e fugitivos. 

“A análise detida dos autos nos permite constatar que o inquérito policial não se mostrou conclusivo, restando pendente a realização de diligências indispensáveis à elucidação dos fatos”, destaca a subprocuradora-Geral de Justiça Norma Mendonça Galvão de Carvalho.

Segundo a investigação da Polícia Civil, Darik foi atingido por uma bala disparada por um dos policiais militares, mas até o momento o atirador não foi identificado.

Segundo o Ministério Público, “é preciso entender a dinâmica dos fatos, ou seja, como se deu a trajetória dos disparos que atingiram a vítima, para em seguida buscar identificar de quais armas foram deflagrados os disparos que a atingiram fatalmente e, consequentemente, tentar chegar aos possíveis autores”.
 
Diante disso, foi recomendado que a Polícia Civil realize uma reprodução simulada do caso para “esclarecer como ocorreu a infração, mesmo que os investigados se neguem a participar”.

Também deve requisitar uma perícia técnica para verificar a origem e a trajetória dos disparos, estabelecendo o ângulo em que a bala atingiu o corpo da vítima, bem como identificar de onde teriam partido os tiros,

A Polícia Civil foi orientada, ainda, a identificar o tipo de arma e munição utilizadas pelos policiais, bem como identificar os nomes dos policiais que portavam as armas identificadas com resultado positivo no exame de microcomparação balística encartado aos autos.

No documento, o MPPE destacou “que fragmentos de bala foram encontrados no corpo da vítima, além do que vários cartuchos deflagrados foram localizados em frente da casa onde o adolescente foi atingido e também foram identificados projéteis na parede do imóvel e escadaria, todos compatíveis com as armas utilizadas pelos policiais durante a ação.
 
Por: Adelmo Lucena

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