Dono de empresa que instalou placas solares no Santuário do Morro da Conceição é indiciado pela Polícia Civil
Ele afirmou que o inquérito foi concluído com base em “provas suficientes para que não haja dúvidas para o Ministério Público”.
“Teve todo um empenho da Polícia Civil nessa investigação, justamente pela repercussão, não só pelas vítimas físicas, mas pelos danos psicológicos causados à população.”
O laudo técnico do Instituto de Criminalística Professor Armando Samico, divulgado em 25 de novembro, apontou como principal causa do desabamento a oxidação de parafusos e chumbadores da estrutura metálica do teto. Segundo o documento, a infiltração de água no teto e nas paredes teria causado um “elevado grau de degradação”, comprometendo a estabilidade da estrutura.
Além disso, o peso adicional das telhas, do forro, da manta asfáltica e das placas solares foi identificado como fator secundário para o colapso. “Não pode se precisar a quanto tempo a coberta do Santuário vem sofrendo esse processo de degradação, que atingisse a estrutura metálica, fato que possivelmente teria sido evitado se houvesse um plano de manutenção prévio”, destacou o perito criminal Fernando Luiz da Silva.
Atuação das autoridades
Os trabalhos periciais foram conduzidos de 30 de agosto a setembro, período em que foram recolhidos e analisados materiais como parafusos da estrutura e imagens de câmeras de videomonitoramento.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE) também acompanhou a investigação e reforçou que problemas dessa natureza são resultado de uma combinação de fatores.
A Polícia Civil ressaltou que as diligências complementares e a análise do laudo técnico do Instituto de Criminalística fortaleceram a robustez do inquérito. “Com essa finalização, a gente garante a participação da Polícia Civil e a justiça sendo feita”, concluiu o delegado.
Por Caio Moraes
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