PM que matou mototaxista em Camaragibe tem prisão preventiva decretada: ''Notória periculosidade''

O assassinato teria acontecido após o motorista cobrar uma corrida de R$ 7
A Justiça de Pernambuco decretou, nesta segunda-feira (2), a prisão
preventiva do policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos,
que foi detido em flagrante por matar a tiros o mototaxista Thiago
Fernandes Bezerra, de 23, em Camaragibe, no Grande Recife.
A
decisão da audiência de custódia, obtida pelo Diario de Pernambuco, é
assinada pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho, do Tribunal de Justiça
de Pernambuco (TJPE). O homicídio pelo qual o PM é acusado teria
acontecido após o motorista cobrar uma corrida de R$ 7.
“O
autuado matou a vítima, foi perseguido e preso dentro de um coletivo
portando a arma de fogo com a qual praticou o homicídio. Foi linchado
pela população”, registra o magistrado, no documento. “Há notória
periculosidade no modo de agir, a ensejar na decretação da prisão
preventiva como garantia da ordem pública”.
Ainda
segundo o juiz, “a periculosidade social do autuado é perfeitamente
verificada pelos atos inconsequentes, violentos e ameaçadores, no
contexto do delito”.
O crime
Thiago
foi assassinado pelo policial durante uma discussão rápida, em via
pública, após uma corrida, no domingo (1º). Câmera de segurança flagrou o
momento em que Venilson desce da moto, saca a arma e atira contra a
vítima.
Em
seguida, o sargento teria tentado fugir em um ônibus, mas foi alcançado
por populares e acabou espancado. Após ser detido, o policial foi
levado ao hospital com sangramentos no couro cabeludo e suspeita de
traumatismo craniano.
O exame
médico, no entanto, atestou que Venilson não sofreu fraturas no rosto. A
arma do crime, um revólver calibre 38, também foi apreendida.
O caso comoveu a população e motivou protestos na cidade.
“Eu
imaginava que ele pudesse perder a vida de diversas formas, mas por um
policial, que é pago para proteger a gente? Como uma pessoa sem controle
emocional a ponto de tirar a vida do outro por conta de R$ 7 passa na
polícia? R$ 7 foi o que valeu a vida do meu marido. São sonhos
destruídos”, declarou a esposa da vítima.
Por: Felipe Resk
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