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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

SPORT - ELEIÇÕES NA ILHA DO RETIRO

O que está em jogo nas eleições do Sport? Confira cinco desafios do presidente do biênio 2025/2026 
                                                     (Foto: RAFAEL BANDEIRA/SCR)

 

Yuri Romão ou Rafael Arruda terão várias missões ao assumir o Leão no ano que vem

 

Após duas semanas de muita intensidade nos bastidores políticos do Sport, os sócios rubro-negros escolherão nesta próxima segunda-feira (16) o seu novo presidente para o biênio 2025/2026.

A disputa será entre Yuri Romão, candidato a reeleição pela situação, e Rafael Arruda, representando a oposição. Independente quem vença a briga pelo pleito, a certeza é que o cartola enfrentará diversos desafios para guiar o Sport no seu retorno à Série A.

 Separamos os cinco maiores desafios que estão por vir para o novo presidente leonino. Confira abaixo os pontos detalhados: 
 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL

O Sport enfrenta uma dura batalha para reequilibrar suas finanças. Com uma dívida total de R$ 114 milhões, o Leão busca renegociar seus passivos. Os rubro-negros ingressaram com o pedido de Recuperação Judicial em março de 2023, buscando um plano de pagamento escalonado para suas dívidas.

A lista final de credores, composta por 637 nomes, detalha um passivo dividido em três classes: Trabalhista (R$ 51,3 milhões), Quirografária (R$ 45,9 milhões) e Pequenas Empresas (R$ 16,8 milhões).

O presidente eleito precisará ter jogo de cintura para conseguir negociar com quem deve, buscando um consenso que ainda não se mostrou satisfatório. O Leão espera reduzir em 80% o saldo devedor, o que vem gerando resistência de algumas partes em aceitar as propostas apresentadas pelo clube.

A segunda convocação da Assembleia Geral de Credores foi agendada para a próxima quarta-feira (18), dois dias após a disputa entre Yuri Romão e Rafael Arruda nas urnas rubro-negras.

SAF
<i>(Foto: RAFAEL VIEIRA/DP)</i>
Em julho, o Conselho Deliberativo do Sport aprovou com ampla maioria a reforma do novo estatuto, que agora permite a chegada de uma SAF.  
Até então, o clube era uma associação esportiva, o que não permitia que suas ações pudessem ser compradas por empresas.
 
 
 
 
 
 
 
O novo estatuto passa a valer a partir do dia 1° de janeiro, o que significa que o Leão já poderá passar a receber propostas não-vinculantes para a venda da sua SAF. Segundo a apuração do Diario de Pernambuco, houve procura de investidores entre 2022 e 2023.

O novo presidente do Sport terá papel fundamental nas negociações, fazendo valer as regras asseguradas pela nova "Constituição Rubro-Negra".  A concessão da venda, por exemplo, será exclusiva do futebol e de no máximo 90% das ações. Com isto, todos os bens imóveis do clube, como a Ilha do Retiro e o CT, permanecem com o Sport.
 
ÚLTIMO PRESIDENTE DA HISTÓRIA

Com o novo estatuto, a forma na qual o Sport será gerida mudará drasticamente. A eleição para o execuritvo nesta segunda-feira será a última da história do clube. 

Após o biênio de 2025/2026, a imagem do presidente não existirá mais, dando lugar ao "Conselho Administrativo", que terá três anos de mandato, sem direito a reeleição. O grupo será formado por cinco membros: presidente, vice e mais três diretores.

Mais 10 diretorias executivas também serão criadas para modernizar os diversos segmentos do clube, extinguindo as antigas vice-presidências. A figura do CEO também ganha papel central. Este novo personagem será remunerado e escolhido pelo presidente do Conselho de Administração. 

Com metas a cumprir, o CEO ficará responsável pela gestão de todos os pontos sobre futebol do Leão, incluindo também as categorias de base e o feminino. Isso não exclui a possibilidade de abrir mão dos profissionais que hoje já trabalham no clube. Será um cargo contratado, ou seja, pode ser demitido de acordo com a vontade da associação, que manterá o controle da agremiação.

FORMAÇÃO DE ELENCO

<i>(Foto: RAFAEL VIEIRA/DP)</i>
Após três anos amargando a Série B, o Sport voltou para a elite do Brasileirão e disputará a 1ª Divisão em 2025. Para se manter no topo, os rubro-negros precisarão reformular o seu elenco, que carece de atletas de maior nível técnico.

Até o momento, 14 jogadores já deixaram o clube. Oito não tiveram os seus contratos renovados, enquanto seis atletas formados no clube foram emprestados para ganhar minutagem.

Por outro lado, o clube conseguiu a renovação com o zagueiro Luciano Castán, volante Fabrício Domínguez e o atacante Tití Ortíz. Além do trio, o Leão anunciou a contratação do meia Gustavo Maia, ex-Náutico. Lucas Lima é o próximo alvo.

O novo presidente precisará contar com um bom departamento de mercado, que consiga mapear atletas em outros mercados que não o brasileiro, ou jogadores em fim de contrato. A expectativa é que 10 peças precisem ser contratadas, de acordo com o técnico Pepa.

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

Com a volta para a Série A, o Sport receberá mais do que o triplo de cotas de televisionamento do que ganhou disputando a segundona. A expectativa é que a folha salarial dos jogadores também cresça paralelamente.

Com valores a receber da Liga e pela venda de Pedro Lima, o Leão também deve triplicar os investimentos no elenco, que disputará quatro competições em 2025: Campeonato Pernambucano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Brasileirão.

Além das obrigações esportivas, o Sport também prevê outros aumentos de gastos com o retorno à elite nacional. As categorias de base, o futebol feminino, bem como as melhorias na Ilha do Retiro e Centro de Treinamentos também entram na conta da gestão de orçamento que o novo presidente precisará lidar neste próximo biênio.

Haim Ferreira 

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