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sexta-feira, 9 de maio de 2025

GOVERNADORA DE PERNAMBUCO

Raquel Lyra e Alepe em crise sem fim


O tempo vai passando e a relação entre o governo Raquel Lyra (PSD) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) só piora. A gestora está prestes a concluir a metade do seu terceiro ano de mandato sem conseguir estabelecer com a Casa uma convivência harmônica e eficaz, demonstrando uma articulação política sofrível e carente de liderança. Ruim para ela e para a população.

Ontem, depois de colecionar, nos últimos dois anos e meio, inúmeros episódios de falta de diálogo e fragilidade de articulação, a governadora precisou fazer um apelo público, por meio da imprensa, para que a Alepe aprove o projeto referente ao pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão.

“O que a gente coloca aqui é um apelo para os deputados e deputadas para que façam a votação, que a Mesa Diretora coloque em pauta, que as comissões possam votar e que a gente possa ter acesso a esses recursos, porque esses recursos mudam vidas”, afirmou Raquel, após um evento.

Se chegou a esse ponto a relação da gestora com os deputados, o sinal é preocupante — ou deveria ser — para toda a equipe. Mas é apenas um dos sinais dos tantos já enviados pela Casa, que cobrou diálogo com Raquel desde os primeiros meses de gestão da ex-prefeita de Caruaru (Agreste).

A postura com a qual a governadora assumiu o Poder Executivo do Estado, com ar de superioridade em relação ao Legislativo, custa caro até hoje e foi determinante para a sucessão de derrotas sofridas na Assembleia até aqui.

Jamais Raquel poderia ter tratado o presidente Álvaro Porto (PSDB) com soberba. Faltou visão política, orientação e maturidade. Jamais poderia ter perdido as presidências das principais comissões da Alepe. Faltou experiência e, mais uma vez, articulação.

O TAMANHO DA OPOSIÇÃO FOI RAQUEL QUEM DEU

Pode-se dizer que a oposição tem exagerado e esticado a corda? Sim, assim como também se pode dizer que o PSB, do prefeito João Campos, achou excelentes oportunidades nos erros de Raquel para desgastá-la em seus anos finais de primeiro mandato e tem aproveitado bem as brechas, visando facilitar a campanha do gestor do Recife contra a ex-tucana, em 2026 — mesmo que essas oportunidades tenham como pano de fundo uma aliança interna com o PL, de Jair Bolsonaro. Mas o tamanho que a oposição conseguiu na Alepe e a relevância que conquistou na Casa nesses dois anos e meio são resultados das próprias atitudes de Raquel.

Por Larissa Rodrigues

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