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segunda-feira, 5 de maio de 2025

SANTA CRUZ - FORA DA SAF TRICOLOR

Márcio Cadar está fora da SAF do Santa Cruz


Quatro meses após assumir holofotes da operação, empresário mineiro é retirado do projeto em decisão conjunta da associação e grupo de investidores do qual fazia parte

O que seria tão só um pronunciamento convencional, programado à imprensa, sobre as datas da votação pela constituição da SAF, virará (também) bomba no Santa Cruz. Na tarde desta segunda-feira, o presidente Bruno Rodrigues vai anunciar a saída de um dos investidores do projeto tricolor, Márcio Cadar. O empresário era uma das lideranças da operação proposta a comprar 90% das ações do clube.


Pela venda, em vias iminente de ocorrer dada a fase final de diligências jurídicas - a saída de Cadar não interferirá em nada no andamento da negociação -, o grupo ao qual o empresário estava ligado firmou compromisso de gerar R$ 1 bilhão de investimentos em até 15 anos na Cobra. 

Internamente, o desejo é fazer uma saída "honrosa" para Cadar, estritamente alinhada entre os envolvidos - direção executiva do clube e grupo de investidores do qual o empresário fazia parte. Foram eles, conjuntamente, que decidiram retirá-lo por completo do projeto.

Vale ressaltar: não se trata de um desligamento pontual da composição do núcleo de investidores para delegar a Márcio outra função na SAF. A ruptura é definitiva, sem voltas.

O mineiro construiu a carreira no mercado de capitais, sendo ex-sócio da REAG Investimentos, intitulada a "maior gestora independente do Brasil". Especialista no assunto, seria Cadar o responsável da SAF por dialogar com o mercado, trazendo parceiros.

Agora sem ele como um dos homens fortes do negócio, a formação do grupo de investidores continua intacta.

Vinícius Diniz, empresário mineiro que também desenvolveu a operação desde o fim de 2024, seguirá acionista da Cobra Coral Participações S/A - empresa com CNPJ já criado para receber aportes -, tendo ao seu lado Marcus Bittar, Iran Barbosa e Alexandre Kubitscheck como líderes operacionais.

Não haverá, portanto, um substituto para ocupar a ausência de Márcio no projeto.

Do ponto de vista administrativo, de gestão do Santa Cruz, quem vira o novo braço direito de Diniz é o CEO Pedro Henriques, ex-vice presidente do Bahia, que iniciará em breve o processo de transição do clube.

Do "bom dia, Recife" ao adeus


Era 13 de janeiro quando Márcio Cadar e Vinícius Diniz desembarcavam pela manhã no Recife para celebrar, horas e horas depois entre reuniões e revisões de documento, a proposta vinculante pela compra da SAF tricolor.

Muita festa nos arredores do Arruda para comemorar o que unanimemente significava para a torcida: o renascimento do Santa Cruz. Dali em diante, Márcio Cadar adotou a sua persona na Internet.

Virou ativo nas redes sociais - em especial na sua conta do X, o antigo Twitter, engajando em postagens, respondendo torcedores. Deu, até, uma camisa de presente a um santa-cruzense.

No X, desde o "Bom dia, Recife", escrito em 13 de janeiro, até o último 3 de maio, data do empate do Santa Cruz com o seu homônimo de Natal, na Série D, Cadar fez 101 postagens sobre o clube. Aliás, já estava ciente da própria saída quando escreveu a última, comemorando o "1 pontinho na bagagem".

De comportamento oposto ao seu conterrâneo de Minas Gerais e sócio na SAF coral, Vinícius Diniz, quase sempre modesto nas palavras, Cadar foi criando um elo virtual com a torcida.

No entanto, se de 13 de janeiro - dia da assinatura do acordo vinculante - a 16 de março, 24 horas após a queda para o Sport na semifinal do Estadual, o empresário realizou uma média de 32 postagens por mês falando de Santa, de 16 de março em diante o número despencou: só cinco.

Em outra rede, o Instagram, o mineiro descreveu o perfil pessoal como "futuro gestor da SAF do Santa Cruz". No entanto, desde a semana passada, tirou a menção ao "futuro gestor da SAF" para colocar tão só "Santa Cruz", acompanhando de corações nas cores do clube.

ge, nos últimos 15 dias, esteve vigilante às movimentações de bastidores que indicavam um declínio - ou, mais que isso, um afastamento - de Cadar no processo. Não foi por acaso.


Por Camila Sousa 

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