Ao contrário do Brasil, Paraguai declara CV e PCC como terroristas
Presidente do Paraguai, Santiago Peña Foto: EFE/ Juan Pablo Pino
Decreto foi assinado pelo presidente Santiago Peña nesta sexta-feira
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, declarou as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) como “organizações terroristas internacionais”, segundo um decreto publicado nesta sexta-feira (31) após a megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o CV, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.
– Designa-se as organizações criminosas transnacionais denominadas como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas internacionais – afirma o decreto assinado pelo governante.
O decreto detalha que, após um “monitoramento permanente”, determinou-se que as características operacionais destas quadrilhas, suas vinculações financeiras e o âmbito em que desenvolvem suas atividades ilícitas reúnem “as características de serem organizações transnacionais criminosas com traços de verdadeiras organizações terroristas internacionais”.
Além disso, adverte que “existem elementos suficientemente comprovados para sustentar que ambas as organizações criminosas transnacionais se encontram operacionalmente presentes” no Paraguai, com o que, segundo o documento, estendem ao território nacional “o alcance de suas atividades ilícitas”.
No último mês de agosto, o Paraguai declarou o chamado Cartel de los Soles, o grupo que os Estados Unidos vinculam ao regime da Venezuela, como uma “organização terrorista internacional”. Anteriormente, em abril, designou como organização terrorista a Guarda Revolucionária Islâmica e ampliou essa denominação à “totalidade” das estruturas do grupo terrorista palestino Hamas e do grupo xiita libanês Hezbollah.
Já em agosto de 2019 o país sul-americano havia classificado como organizações terroristas as milícias armadas do Hezbollah e do Hamas, bem como a Al Qaeda e o Estado Islâmico, durante o governo do então presidente Mario Abdo Benítez.
*EFE
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