Em 2026, Lula deve repetir estratégia de 2006 e subir em dois palanques em Pernambuco
É interessante tanto para Raquel quanto para João ter o presidente em seus palanques. Mais do que isso: é muito pouco provável que, o presidente escolhendo um lado ou outro no pleito, quem supostamente ficasse de fora não fosse pedir votos para Lula em 2026, já que o petista ajudou as duas administrações, de Pernambuco e do Recife, com milhões em recursos e com a atenção de ministros que vieram pessoalmente várias vezes ao Estado, nos últimos dois anos.
Tanto é verdade que, na mesma semana em que o titular deste blog revelou que o poderoso ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, quer Raquel Lyra no PT, João Campos cuidou logo de garantir a foto com o presidente em visita à Brasília. Já a governadora Raquel Lyra não disse nada, mas também não “desdisse”.
O presidente Lula, por sua vez, sabe que a eleição de 2026 não vai ser fácil para a esquerda e também tem interesse em ter os dois principais palanques do pleito pernambucano abertos para ele. Habilidoso e experiente, Lula não vai se fazer de rogado se precisar subir nos dois palanques e agradar todo mundo, como já fez na eleição de 2006, quando apoiou as candidaturas de Eduardo Campos e de Humberto Costa ao Estado.
LULA QUER RESULTADOS
Também pensando em 2026, o presidente vai cobrar mais resultados dos ministros. Ainda em meio a uma espécie de ressaca da “crise do Pix”, Lula vai passar o recado para a equipe na próxima segunda-feira (20). Ele quer ações concretas das pastas para mostrar serviço à população. Vai ser a primeira reunião ministerial do ano e ele pediu aos ministros que apresentem no encontro uma lista do que será entregue por cada um em 2025. Existe um clima de otimismo com a chegada do novo titular da Comunicação, Sidônio Palmeira. Aliados do Governo, no entanto, alertam para a necessidade de o time de Lula colaborar com medidas que beneficiem a população, para que as mudanças na comunicação tenham consequência prática na popularidade do líder petista.

Popularidade em baixa
O presidente vem, desde o ano passado, com a popularidade despencando. A mais recente pesquisa, da Gerp, foi divulgada ontem (17). O governo é aprovado por 38% dos brasileiros e reprovado por 50%, segundo o levantamento. Cerca de 12% dos entrevistados não sabem ou não responderam. As informações são do portal Exame. A pesquisa foi conduzida entre os dias 11 e 15 de janeiro e indica que acontecimentos recentes, como as normas da Receita Federal aumentando a fiscalização das operações financeiras e a disseminação de mentiras sobre a suposta taxação do Pix, podem ter influenciado na avaliação.
Por Larissa Rodrigues
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