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terça-feira, 17 de junho de 2025

NÁUTICO - CRITICANDO A OPOSIÇÃO

Hélio critica oposição do Náutico por "inviabilidade política": "se fizerem, o clube vai afundar"

Hélio dos Anjos, técnico do Náutico - Foto: Gabriel França/CNC

Treinador citou que houve movimento nos bastidores para prejudicar o ambiente alvirrubro



Boa parte da entrevista coletiva do técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, após a vitória por 2x1 diante do Maringá, nos Aflitos, pela Série C do Campeonato Brasileiro, foi em tom de desabafo. O comandante criticou a oposição do Timbu ao citar uma tentativa de “inviabilidade política” que poderia prejudicar o trabalho da equipe em busca do acesso à Série B, citando que o cenário poderia fazer os alvirrubros “se afundarem”.  

“Quero pedir às pessoas do Náutico para não inviabilizar o trabalho. Nos cobrem, estamos aqui para isso, para trazer resultado. A diretoria está para tomar decisões, correr atrás. Se forem trazer, como tentaram essa semana que passou, inviabilidade ao Náutico por causa da política do clube, o Náutico vai afundar”, iniciou.

“Não tem como fazer futebol sem dinheiro, criando situação de buscar dentro do Conselho algumas decisões. Não falo por Bruno (Becker, presidente do clube), falo pelo Náutico, pelas pessoas que gostam do Náutico. Se inviabilizarem a sobrevivência do Náutico no momento, não vamos conseguir pagar salário, ter estrutura para trabalhar, treinar. Vai acontecer uma eleição. Ganhe quem tiver condições de ganhar, mas deixa a eleição para a disputa final. Deixem o clube progredir até outubro e, a partir daí, fazer a política”, completou.

Hélio, inclusive, citou que já tem apalavrada a permanência do Náutico em caso de acesso, mas indicou que só utilizará isso em caso de “ambiente de paz”.  

“Tenho uma renovação automática se subir. Se chegar em dezembro e as pessoas que ganharem acharem que não sirvo, eu não vou deixar prevalecer meu contrato. Eu entrego o cargo sem fazer o clube me pagar aquilo que é a renovação. Eu saio, mas por favor: o Náutico é grande e precisa de paz. Inviabilizar será ruim para todos. Continuar na terceira é ruim para todos. Subindo para segunda é um salto grande para reestruturar o clube”, explicou.

O técnico citou ainda a dificuldade do pagamento de salários e o suporte que o clube recebeu nos últimos dias por meio de doações de alvirrubros  para estruturar o departamento médico e o setor da cozinha. Segundo Hélio, mais do que subir com o Náutico, ele deseja deixar um legado no clube.

“O clube é grande, mas, dividido, ele é pequeno. Quem pode prejudicar o projeto é a oposição, inviabilizando a entrada da dinheiro, criando dificuldades. Sou um treinador que não trabalha somente no campo. Não posso passar pelo Náutico e não deixar um pequeno legado. Quero fazer com que o clube tenha um DM que crie condições de recuperar um jogador, por exemplo”, apontou, indicando que até ele mesmo não descarta participar financeiramente desse suporte.

“Se tiver de dar (dinheiro) do meu bolso, eu vou. Se vejo algo simples para resolver, eu vou lá e resolvo. Não faço isso para mostrar a alguém, faço por amor. Acima de todos nós está o Náutico”, concluiu.

Por William Tavares

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