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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

EX-VEREADORA DO PSOL

Quem é a ex-vereadora acusada de comandar um esquema de rachadinha na Câmara

                                           Câmara Municipal do Recife

Operação Together, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (25)


Foi com essas palavras que a vereadora Elaine Cristina, então no PSOL, encerrou seu mandato na Câmara Municipal do Recife, em dezembro de 2024, após não reunir votos suficientes para se reeleger: “Agradeço a cada assessora e assessor que contribuíram com a realização desse projeto, com dedicação e sempre trazendo a necessidade da nossa população”.

A agora ex-vereadora foi alvo da Operação Together, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, que cumpriu um total de 17 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (25). O motivo das diligências é que o gabinete de Elaine Cristina está sob investigação por “rachadinha”, como é conhecido o repasse de parte do salário do assessor para o parlamentar.

O esquema seria operado pela própria vereadora, ao lado da chefe de gabinete Girlana Diniz. Em nota, as advogadas da ex-parlamentar afirmam que ainda não tiveram acesso total ao inquérito e alegam que a Polícia Civil tem desrespeitado o amplo direito de defesa.

Elaine foi candidata a vereadora pela primeira vez em 2020. Integrante da chapa coletiva Pretas Juntas, ficou na primeira suplência nas eleições municipais de 2020 e assumiu o cargo quando Dani Portela (PSOL) se elegeu deputada estadual em 2022. 

O mandato coletivo, no entanto, rachou. A ruptura foi causada por estranhamentos entre as integrantes do coletivo, que chegaram a realizar uma manifestação contra Elaine na porta da Câmara Municipal, em abril de 2023. Na época, a vereadora era acusada pela colega de coletivo, Débora Aguiar, de golpe e tentativa de isolá-la, após exonerar 4 das 5 covereadoras.

Mãe de uma criança neurodivergente e moradora de Roda de Fogo, Zona Oeste do Recife, Elaine é ativista do coletivo Mães Independentes. A organização defende a ampliação do cultivo e a produção artesanal de óleo de cannabis para o tratamento de doenças raras.

Segundo informações no seu site oficial, Elaine teria sido a segunda pessoa em Pernambuco a conseguir autorização judicial para esse tipo de tratamento. Entre as pautas políticas, a ex-vereadora também afirma defender a presença das mulheres e da população negra em “espaços de poder e decisão”.

Em nota, a defesa diz que não teve acesso ao inquérito policial, o que “dificulta a apresentação de informações precisas sobre o procedimento investigativo". Alega também, que mesmo após os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão, continuam sem acessar “as diligências já realizadas”, o que, para eles, é “uma clara violação dos direitos da defesa”.

A defesa “reitera o compromisso de Elaine Cristina com a Justiça, aguardando, com plena confiança, que os direitos da defesa sejam respeitados, permitindo, assim, que as investigações prossigam de forma transparente e imparcial”.

Por: Mareu Araújo

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