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domingo, 5 de outubro de 2025

DESAGRAVO

Conselho de enfermagem promove ato contra vereador Eduardo Moura

Vereador recifense Eduardo Moura (Novo) está sendo investigado pelo MPPE após retirar "cartaz antirracista" de escola pública (Divulgação/Câmara do Recife)

Vereador do Recife, Eduardo Moura é acusado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco de expor e desrespeitar profissionais de enfermagem durante uma fiscalização


O vereador do Recife Eduardo Moura (Novo) será alvo de um ato de desagravo promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE). Ele é acusado de ter desrespeitado profissionais do setor durante uma fiscalização na policlínica e maternidade Professor Barros Lima, em março deste ano.

O ato acontece na próxima segunda-feira (6), na própria unidade de saúde onde ocorreu a fiscalização, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. De acordo com o Coren, o objetivo do desagravo é “reafirmar a dignidade, honra e autoridade técnica dos profissionais de enfermagem afetados”.

Diario de Pernambuco entrou em contato com a equipe do vereador Eduardo Moura para se posicionar sobre a manifestação, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Ele foi convocado pelo Coren a comparecer ao ato.

A fiscalização de Moura na policlínica Professor Barros Lima, transmitida ao vivo, por meio de suas redes sociais, aconteceu no dia 16 de março, durante um plantão na unidade.

O Coren alega que o vereador não tinha autorização para filmar os funcionários, pacientes e acompanhantes presentes, e não atendeu aos pedidos para encerrar a gravação. O conselho afirma ainda que, segundo relatos, Moura teria adotado uma “postura ameaçadora e irônica, constrangendo e coagindo a equipe de enfermagem, comprometendo o ambiente de trabalho e a continuidade do atendimento em momentos críticos”.

Em nota, a entidade apontou que apesar do vereador ter prerrogativa para a fiscalização, houve “abuso de autoridade” na abordagem, “ultrapassando os limites legais e éticos da atuação parlamentar”. Uma denúncia foi formalmente apresentada ao Coren e resultou na abertura de boletim de ocorrência policial.

À época, o Eduardo Moura afirmou na Câmara Municipal que a fiscalização foi motivada por uma denúncia de falta de médicos na policlínica. O vereador alega que apenas dois dos quatro profissionais da unidade estavam presentes, e pacientes estavam sendo mandados embora por falta de capacidade de atendimento.

Guilherme Anjos

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