Metroviários de Pernambuco realizam ato político hoje no centro do Recife
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) convoca a população e os trabalhadores do metrô a participarem do ato político que será realizado ho9je, a partir das 13h, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), localizado no Cais do Apolo, área central do Recife. A mobilização faz parte da greve por tempo indeterminado da categoria e reforça a luta em defesa de um metrô público, seguro e de qualidade.
A caminhada, que seria realizada ontem, precisou ser cancelada após o presidente do Sindmetro-PE e da Fenametro, Luiz Soares, ter sido preso de forma arbitrária pela Polícia Militar. O dirigente ficou detido dentro de uma viatura por cerca de 30 minutos, na manhã de hoje, em frente ao Centro de Manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes.
“O que houve foi uma arbitrariedade da parte da PM. A gente estava fazendo uma greve tranquila, dialogando com os trabalhadores, quando os policiais chegaram dizendo que, se a gente continuasse ali, seríamos presos. Fomos levados para a viatura e liberados depois de cerca de 30 minutos, porque não havia denúncia formal”, relatou Luiz Soares.
A prisão ocorreu em meio a greve por tempo indeterminado, iniciada pela categoria nesta segunda-feira, que cobra investimentos imediatos no Metrô do Recife, principalmente após o episódio do último dia 25 de outubro, quando um trem da Linha Centro pegou fogo entre as estações Curado e Alto do Céu.
O sindicato alerta que o sistema corre sérios riscos de novos acidentes, caso não haja intervenção urgente do governo federal. “Imagina se essa composição pegasse fogo no horário de pico, transportando oitocentas ou mil pessoas? Poderíamos ter vítimas fatais. Precisamos de recursos urgentes para recuperar o sistema e garantir a integridade de quem trabalha e utiliza o metrô”, reforça o presidente do Sindmetro-PE.
O descaso e a falta de investimento no Metrô do Recife vêm desde os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, e agora se estendem nos três anos do governo Lula. O sindicato critica também a governadora Raquel Lyra, que tem defendido a privatização do sistema, em vez de exigir mais recursos federais para sua recuperação.
“O que queremos é um metrô público, seguro e com tarifa zero. Esse deve ser o compromisso do presidente Lula – não a privatização do sistema, como vem sendo discutido. A governadora Raquel Lyra deveria cuidar da educação, da saúde e do transporte rodoviário, que vivem crises graves, mas escolheu atacar o metrô e os trabalhadores”, conclui Luiz Soares.
Por Magno Martins
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